Quando tudo muda de repente - a gente mal consegue respirar.
Amiga,
Tem dias que a vida vira do avesso. A rotina, que antes era um abrigo, desmorona. O que dava segurança se perde. E a gente se vê no meio do caos, tentando juntar os pedaços do que sobrou.
Pode ser uma perda, uma demissão, uma mudança forçada. Às vezes, nem sabemos ao certo o que causou essa bagunça interna, só sentimos que algo quebrou. E o mais cruel é que o mundo continua girando como se nada tivesse acontecido.
Mas aqui, nesse cantinho nosso, quero te lembrar de algo importante: você não precisa dar conta de tudo agora.
Quando a rotina desaparece, a mente grita. E o corpo responde. Pode vir o choro, a insônia, a sensação de estar flutuando dentro da própria vida. Tudo isso é normal. É o seu sistema tentando entender o que está acontecendo — tentando proteger você.
O problema é que a gente aprendeu a se cobrar até quando está machucada. A gente quer ser forte, produtiva, lúcida. Mas a verdade é que, em momentos assim, o melhor que podemos fazer é permitir-se sentir. Permitir-se pausar. Porque só quando a dor é acolhida, ela começa a se acalmar.
Talvez você não consiga manter os mesmos hábitos, a mesma energia ou o mesmo sorriso de antes — e tudo bem. O seu valor não está na sua performance. Você continua sendo você, mesmo nos dias nublados.
Se hoje está difícil, se sua mente está um turbilhão e seu corpo cansado sem motivo, respira fundo. Fecha os olhos. Lembra que a cura não é um destino final — é um caminho. E cada passo, por menor que seja, já é coragem.
Nesses momentos de crise, o melhor que a gente pode fazer é voltar pro básico: comer, dormir, respirar. Um dia de cada vez. Um pequeno cuidado por vez.
E mesmo que esteja tudo confuso agora, saiba: você não está sozinha. E isso também vai passar.
Com muito carinho.